domingo, 6 de dezembro de 2009

Relatório do Seminário de Avaliação

Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso não pode ser o bastante. Dê o melhor de você a si mesmo. Veja você que, no fim das contas, é tudo entre VOCÊ e DEUS. Nunca foi entre você e os outros.
(Madre Tereza de Calcutá)

Iniciarei com essa reflexão porque diante de tudo que passei, de todas as dificuldades, forças e fraquezas, só consegui chegar ao final com um resultado tão positivo e tão produtivo porque houve a permissão de Deus, porque Ele se tornou presente em todos os momentos de minha caminhada dentro do GESTAR.

Nosso seminário de Avaliação se realizou nos dias 23 e 24 de novembro, em Montes Claros. Esse seminário foi fundamental para consolidação dos nossos trabalhos dentro do GESTAR. Sem esse momento, esse programa não teria o mesmo mérito. Finalizar é tão importante quanto iniciar. É o momento de refletir, avaliar, rever, replanejar, enfim, socializar.

A cada momento pudemos observar que o GESTAR, um programa tão amplo, ia agregando características tão peculiares de cada região, de cada cidade, ia se revestindo da cultura local, adequando-se a cada realidade, algumas tão ásperas, outras amenas, adquirindo texturas tão diversas, se misturando e se unificando em prol de um único objetivo: o de buscar uma política educacional que atenda de perto às necessidades de cada professor, de cada aluno. Num país com tantas carências sociais, com escolas tão precárias, com recursos tão escassos, temos ainda muito trabalho pela frente, mas estamos dando os primeiro passos. Sabemos que não cabe mais acomodação no processo educacional. São necessários a permanência de estudos, o refinamento de focos e de prioridade. Que a mudança ocorra nas políticas públicas, no compromisso dos pais com a educação dos filhos, na prática de trabalho de cada professor, de cada profissional da educação.

Vi no brilho dos olhos de cada formador a esperança, o desafio enfrentado, a perseverança, a crença de que é possível fazer muito diante dos poucos recursos disponíveis. Vi que não estava sozinha, que as ações que realmente fazem o diferencial na aprendizagem do aluno são aquelas desenvolvidas por profissionais que detêm o entusiasmo e a competência - qualidades essenciais à difusão do conhecimento.

É papel do educador descobrir meios e caminhos capazes de tornar sua atividade mais atraente, mais dinâmica, mais apaixonante, mais sedutora. No dia-a-dia da sala de aula deve haver espaço para a criação, para a descoberta, para a renovação. E o GESTAR nos abre essa porta.

À medida em que cada formador ali representando seu município ia expondo o trabalho desenvolvido, era possível visualizar dois extremos da realidade educacional em nosso país: a real e a possível. Diante disso, fica evidente que a discussão crítica dos fins e valores da escola é talvez o expediente mais seguro para promover o processo de formação de competência política e social. A formação continuada proposta pelo GESTAR traz o diferencial, pois propõe uma metodologia que se desenvolve com os professores e não para os professores, num processo em que as práticas contextualizam e dão real sentido às perspectivas teóricas, aos conceitos e às ideias.

Enfim, concluímos nossos trabalhos e partimos com a convicção plena de estarmos no caminho certo, mas que ainda há uma longa distância a percorrer. Queremos continuar a caminhada, movidos pela perseverança e a crença de que estamos fazendo o impossível para que muitos sonhos dos nossos alunos se tornem possíveis.

Sabemos que somos responsáveis por uma das mais importantes atividades humanas, a de formar pessoas sensíveis e estamos mais conscientes da necessidade de aperfeiçoar o nosso trabalho. Reconhecemos que temos que atualizar nossos conhecimentos e contextualizar nossas práticas.
Aprendemos que não adianta ensinar conceitos se não vivenciarmos essas ideias. Agindo com coerência, transformando nossos discursos em práticas e ações cotidianas, podemos ajudar, e muito, a melhorar a educação em nosso país.

Entretanto, erguemos nossas vozes em favor de um esforço nacional em prol da educação. Não somos os únicos responsáveis pelos problemas assim como não somos exclusivos donos das vitórias obtidas nas salas de aula. Precisamos de vontade política, disposição da comunidade, empenho dos alunos, investimentos privados e públicos a nos acompanhar nessas necessárias transformações na educação. Por isso, nos posicionamos por mudanças e nos propomos a ajudar a implementá-las com todas as nossas forças.
Edinília Nascimento cruz - Formadora

Convite - lançamento do livro Tramas e Enredos e Prosa e Verso





A Secretaria Municipal de Educação e as Escolas das Redes Municipal e Estadual de Ensino têm a honra de convidá-lo para prestigiar do Seminário de Encerramento do GESTAR (Programa de Gestão de Aprendizagem escolar), no nosso município e o lançamento do livro Tramas e enredos em prosa e verso, a realizar-se no dia 11 de dezembro de 2009, sexta-feira, às 19 horas no Clube Recreativo.


Tramas e enredos em prosa e verso é a consolidação de todo o trabalho desenvolvido durante o GESTAR II de Língua Portuguesa no município de Itacarambi.



As produções textuais que compõem este livro resultam do trabalho intensificado de leitura, análise textual, reflexão, práticas de letramento, análise linguística, escrita e reescrita textual, que se efetivou por meio de uma metodologia de trabalho centrada nos “Gêneros Textuais” desenvolvida de forma continuada, durante a aplicação das oficinas propostas pelo programa do GESTAR II.


Formadora Guiana no último encontro em Montes Claros,
com seu jeitinho meigo e especial.
Ficará sempre a saudade desse momento
.

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Atendendo a pedidos, aqui está a foto dele, Darci Godói, companheiro de todas as horas. Assim como eu, também é amante da literatura. Somos a perfeita harmonia.
Foi meu grande incentivador durante o GESTAR, apioando-me em todos os momentos.

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MENSAGEM AOS CURSISTAS
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MENSAGEM AOS CURSISTAS
A nossa caminhada chegou ao fim, mas certamente os frutos colhidos continuarão nos levando a novos caminhos. Durante este período em que estivemos juntos, fizemos grandes descobertas, grandes conquistas e, sobretudo, fortalecemos laços e carregamos a marca das experiências comuns que tivemos. Partimos confiantes, em busca de novas expectativas, no exercício da profissão.
A jornada pareceu árdua e difícil. O desânimo tentou de nós se apossar por vezes, porém a nossa certeza e o nosso sentimento de invencibilidade nos fizeram vitoriosos. Plantamos, cuidamos e hoje estamos colhendo os frutos do nosso trabalho.
Alicerce seus desejos com bases sólidas e construa dia a dia degraus para você chegar até a sua meta, depois se aplauda, porque você conseguiu!
Não deixe que o GESTAR morra aqui. Faça com que ele continue produzindo os bons resultados esperados.
Valorize o melhor de cada aluno e principalmente o melhor que existe em você.

Edinília – Formadora de Língua Portuguesa
GESTAR II – 28.11.2009

Professora de Artes Solange dando a sua contribuição
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Atividade prática - reeleitura de tela
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Cursistas na oficina em plena atividade
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A arte é um dos caminhos para a sensibilização e o aumento da autoestima.


RELATÓRIO DA OFICINA 04 - TP - 2ª - PARTE

A arte é um dos caminhos para a sensibilização e o aumento da autoestima.

O dia 28 de novembro de 2009 foi escolhido para finalizar os nossos trabalhos dentro do programa GESTAR no município de Itacarambi. Esse nosso último encontro para estudos e reflexão ocorreu de forma muito especial. Em meio a muitas reuniões para elaboração de plano de intervenção, PGDI, reuniões e reuniões, provas finais, recuperação, conselho de classe, ameaça de levar falta e muita tensão, tínhamos esse encontro marcado.
Fiquei um tanto apreensiva, pois muitos professores ficaram confusos sem saber qual chamado atender. Mesmo o fato do nosso encontro já estar programado há muito tempo, não foi possível evitar esse acúmulo. Enfim, tinha a difícil tarefa de conciliar tudo isso e fazer com que todos estivessem presentes, pois por ser a nossa última oficina esse momento seria fundamental. Fiz contatos com os diretores, alguns bastante compreensivos outros um tanto agressivos. Mas finalmente o encontro se realizou e somente três cursistas não compareceram.

O encontro começou timidamente, com alguns professores demonstrando muito cansaço. Eu tinha um grande desafio para esse dia. Iniciei com uma mensagem especial “O aprendizado”, e fizemos uma valiosa reflexão sobre toda a nossa trajetória dentro do GESTAR, o quanto crescemos, partilhamos e caminhamos juntos em busca do aprendizado em todos os sentidos da vida.

Para esse dia, preparei tudo de forma especial, tudo com cheiro e sabor de despedida. O grupo estava mais harmonioso e interagido. Convidei a professora de Artes, Solange, com um rico e amplo conhecimento na área para que pudéssemos fazer uma intensa discussão sobre o assunto em pauta, a Unidade 7 – A arte: forma e função. Seção 1: Arte e cotidiano. Seção 2: A arte: classificação e características. Seção 3: As funções da arte.

Minha maior preocupação e meu objetivo em mente era realmente sensibilizar o professor de Língua Portuguesa e Literatura para a arte. Falar, discutir, sentir a arte, para mim, é um verdadeiro banquete, que me enche de vida, me alimenta e me encanta. Queria também levar isso para os cursistas. Iniciei com a apresentação dos slides: Entendendo a arte: A arte em nossa vida e suas funções. Coloquei os seguintes questionamentos:
· O que é arte?
· Como a arte entra na nossa vida?
· Como podemos desenvolver habilidades para apreciar as artes?

Muitos professores fizeram suas colocações e foi um momento intenso. Abrimos uma discussão acerca do assunto, quando nossa convidada fez algumas colocações interessantes. Convidei-a para realizar uma dinâmica de sensibilização com os cursistas. Ela, de posse de telas de algumas pinturas famosas, propôs aos cursistas a leitura e releitura das obras de arte. Fomos para um outro ambiente e ao som das músicas de Ênia, tivemos um momento de atividade prática indescritível. Houve participação intensa de todos os cursistas que adoraram exercitar suas habilidades artísticas. Providenciei com antecedência todo o material necessário: tintas, pincéis, etc. para que realmente o professor vivenciasse esses momentos e saísse dali sensibilizado para provocar isso em seus alunos.
Sensibilizar o jovem para a arte é um processo necessário e eficaz no combate à violência e à marginalidade, pois direcionamos a energia do adolescente ou mesmo do adulto para uma atividade que além de ser prazerosa proporciona uma ampliação da concentração, da atenção, ajuda a relaxar e diminuir o nível do estresse diário.
O conceito do belo, a harmonia e a busca pelo equilíbrio que realizamos na atividade artística ajudam a desenvolver a emoção como a capacidade de imaginar, questionar e criticar também.
Confeccionamos um belíssimo painel com as produções artísticas dos cursitas e fizemos uma exposição na escola. Retomamos nossas discussões e os professores relataram sobre a experiência vivenciada. Após esse momento, propus à nossa convidada, a professora de Artes, para o ano seguinte um planejamento interdisciplinar entre Literatura e Língua Portuguesa, no qual uma disciplina poderá muito contribuir com a outra.

Discutimos também formas de sensibilizar a nossa comunidade, prefeito, empresas, comerciantes, pais a desenvolverem um trabalho de valorização da arte em todos os seus aspectos, despertar os talentos de nossos jovens e ocupar o tempo ocioso em atividades artísticas. Comentei sobre a escola da Ponte em Portugal, uma escola que Rubem Alves visitou e pela qual se apaixonou, por fazer exatamente isso, realizar um trabalho voltado para sensibilização e arte e com isso conseguir resolver os problemas de marginalização, consumo de drogas, indisciplina dos jovens excluídos socialmente.
n A arte é uma das portas abertas para o saber, que precisa ser valorizada e incentivada como uma alternativa eficiente e prazerosa para o desenvolvimento do cidadão e sua inserção na cadeia produtiva do nosso país.
Após este momento, apresentei o vídeo “SONHOS”, e discutimos a sensibilidade e percepção de cada um diante de uma obra de arte. Apresentei um plano de aula, uma proposta de trabalho entre o conto a “Barata” de Drummond, e “Natureza morta”, de Cândido Portinari, um exemplo de como é possível realizar um trabalho de leitura, compreensão e desenvolver a percepção dos alunos por meio da junção de arte e literatura.

Na sequência, os professores fizeram os relatos das atividades aplicadas em sala de aula e passamos para o momento final. Conversamos e combinamos sobre o seminário de fechamento do GESTAR no nosso município e o lançamento do livro “Tramas e enredos em prosa e verso”, que será no dia 11 de dezembro.

Fomos para o momento final. Apresentei aos cursistas um vídeo retratando toda a nossa caminhada dentro do GESTAR, momentos de alegria, trabalho intenso, trocas, partilhas. O vídeo aflorou muitas emoções, foi um momento inesquecível e todos ficaram sensibilizados. Ao som da música “Amigos para sempre”, entreguei mensagem que havia preparado especialmente para esse momento, acompanhada de um bombom para adoçar o nosso dia. Li-a e fiz os agradecimentos aos cursistas, enfatizando que sem o empenho deles, o entusiasmo, a garra, a perseverança não teríamos conseguido conquistar essa vitória tão fundamental em nossas vidas.
Muito emotivos e sensibilizados, os cursistas fizeram espontaneamente seus relatos, avaliando o programa em todos os aspectos. Socializaram os portfólios e relataram o texto “A Viagem no Tapete Mágico” que traz a avaliação de todo o programa.
Fiquei muito emocionada com os relatos e com os agradecimentos, elogios sinceros e verdadeiros que recebi, o que me fez pensar no quanto valeu a pena ter noites mal dormidas, preocupações, estresse, cansaço, tensão. Tudo isso torna-se muito pequeno diante da grandiosidade do resultado alcançado e nos faz ressaltar que os que estão ao nosso lado são as pessoas que acreditam em nosso trabalho, que são verdadeiros sem máscaras, capazes de enxergar nossas dificuldades e reconhecer o esforço. Se estamos aqui com essas pessoas, há uma razão maior de ser, e foi justamente isso que nos fez crescer mutuamente. A vida continua, e o amanhã certamente será melhor, pois estamos alicerçados em sonhos e esperanças, metas e convicções, ingredientes necessários para promover a tão esperada melhoria na educação em nosso país.
Edinília Nascimento Cruz – Professora Formadora no Município de Itacarambi






RELATÓRIO DA OFICINA 03 - TP 2 - 1ª PARTE

“Difícil não é arranjar ideias, mas fugir das antigas.”
Jonh Maynard Keynes

O NOVO

O anseio...
A vontade de aprender,
O excesso de perguntas
E, às vezes, de silêncio.
O medo do novo assustador.
A resistência,
O conflito,
As decepções diante do inexplicável.
A desorganização dos antigos conceitos.
O surgimento de novas perguntas...
A insistência,
O cansaço,
A reclamação,
As RESPOSTAS...
Organizam-se as idéias,
Entende-se a proposta.
Agora, sim!
Podemos partir para um novo mundo
Recheado de conhecimentos diferentes.
Telma Medeiros

No dia 07/11/2009, nos reunimos para realizar a oficina correspondente às unidades 5 e 6 da TP 2, que teve como objetivo caracterizar a gramática interna, a descritiva e a normativa e o ensino produtivo, reflexivo e prescritivo e conceituar e identificar frases. Nessa oficina tratamos dos seguintes temas: Unidade 5. Gramática e seus vários sentidos. Seção 1: A gramática interna e o ensino produtivo. Seção 2: A gramática descritiva e o ensino reflexivo. Seção 3: A gramática normativa e o ensino prescritivo. Unidade 6. A frase e sua organização. Seção 1: O que é frase. Seção 2: O período e a oração. Seção 3: As várias possibilidades de organização da frase e do período.
Iniciamos com a reflexão sobre a necessidade de renovação, a busca do novo, a adequação aos novos tempos. Propus aos cursistas reflexões sobre a gramática e seus vários sentidos. Análise linguística – um novo olhar, um outro objeto. Aula de português - um espaço de conflito. Análise linguística, afinal o que é mesmo?
Percebi que houve uma certa inquietação, pois nosso grupo é formado tanto por professores que já atuam há 15, 20 anos na educação e professores que estão iniciando a carreira agora. Percebi que dentro do grupo havia uma certa divergência quanto às concepções de ensino de gramática.
Mal começamos as discussões, surgiram muitos questionamentos e inquietações. Pedi então ao ilustre convidado do dia, mestre no assunto, para nos conceder uma entrevista e fazer-nos alguns esclarecimentos. Já dá para imaginar que estou falando de Marcos Bagno. Muitos professores ainda não o conheciam, então os apresentei e ele logo começou a falar, o que veio apimentar ainda mais a discussão.
Logo surgiu a pergunta que já virou jargão entre os profissionais da área. Gramática: é ou não é para ensinar? Ao que ele respondeu:
- Se for para ensinar gramática como mera repetição da doutrina tradicional, anacrônica e encharcada de preconceitos sociais, definitivamente não é para ensinar gramática. Se “ensinar gramática” for entendido como decoreba de nomenclatura sem nenhum objetivo claro e relevante, análise sintática de frases descontextualizadas e às vezes até ridículas, definitivamente não é para ensinar gr amática.
É um crime, em todos os sentidos da palavra, desperdiçar o espaço-tempo da sala de aula — rarefeito e, portanto, precioso num país de tradição educacional paupérrima como o nosso — com “aulas de gramática”, “análise sintática”, “classificação dos termos da oração”, com questões bizantinas e surrealistas como a da suposta distinção entre “adjunto adnominal” e “complemento nominal”, com a perpetuação de um mito como o da existência da “passiva sintética”, com a transmissão de noções nebulosas como a de uma “norma culta” rigidamente fixada pelos séculos, amém...”
Este foi o ponto chave para derrubar velhos paradigmas, mitos e inverdades em torno do ensino da gramática. Apresentei o texto “Equívocos e Inverdade”, também de Marcos Bagno. Esse momento foi primordial para evidenciar a mudança na prática de muitos cursistas que no final da oficina relataram estarem totalmente equivocados quanto ao ensino da língua. Foram momentos tensos, porém de fundamental importância para provocar a reflexão e gerar a mudança necessária que tanto almejamos.
Essa oficina teve um caráter bastante teórico e reflexivo, especialmente por perceber que ainda há muitas divergências entre professores da área. Era necessário que todos compreendessem que o GESTAR prioriza e defende o ensino da gramática reflexiva contextualizada com a vida, objetivando ao falante ampliar o uso da linguagem nos diversos contextos. E principalmente mostrar para os professores que a forma como eles aprenderam língua teve uma funcionalidade em um outro contexto e que, hoje, muito já não se aplica mais, devido ao caráter dinâmico e evolutivo da língua.
Apresentei os slides sobre como deve ser o trabalho do professor na perspectiva da análise linguística. Procurei evidenciar as diferenças entre ensino da gramática e análise linguística. Depois deste riquíssimo estudo, realizamos a leitura circular no “Ampliando nossas Referências”, que veio complementar os nossos estudos. Os cursistas fizeram seus questionamentos sobre a visão e aplicação da gramática em sala de aula. Os professores relataram o “Avançando na Prática”, suas experiências. Muitos cursistas, em seus relatos, já incorporaram em suas falas aspectos das discussões realizadas anteriormente dando conta de que muitos aspectos que não deram certo ao fazer a transposição didática poderiam ter dado se aplicados de uma forma diferenciada. Fiz muitas interferências e sugeri novas práticas, sempre evidenciando que é preciso garantir ao aluno a liberdade de expressão linguística. E que é preciso desaprender, reaprender e depois ensinar de forma contextualizada com a vida, apoiados em argumentos de ordem pragmática, cultural e social.
Fizemos um breve comentário sobre a Unidade 6. Interagimos sobre as melhores maneiras de trabalhar o assunto frase, e sua organização, mas realmente a oficina, foi voltada para a Unidade 5 que era o ponto crucial e fundamental devido à necessidade, à angústia e à inquietação dos cursistas.
Finalizamos a oficina com a avaliação do trabalho do dia. Passei algumas orientações e discutimos sobre o livro com as produções textuais dos alunos que brevemente pretendemos publicar, a busca de patrocínio, etc. Comentei sobre os portfólios e a importância dos registros reflexivos.

Edinília Nascimento Cruz – Professora Formadora no Município de Itacarambi
AVALIAÇÃO DO PROFESSOR FORMADOR PELO COORDENADOR PEDAGÓGICO

Professora Formadora: Edinília Nascimento Cruz
Coordenadora Pedagógica: Gislene Borges de Oliveira

A Professora Formadora Edinília Nascimento Cruz vem desenvolvendo, no Gestar II, um trabalho de qualidade. Demonstra segurança no que faz e tem muita habilidade para solucionar problemas.
Apresenta propostas de trabalho, dando sugestões sobre o melhor andamento do Programa. A professora é minuciosa ao avaliar os trabalhos dos professores cursistas.
É bastante assídua e pontual.
Os trabalhos são realizados de forma organizada e procura intermediar o trabalho do cursista com compromisso e responsabilidade. Domina o conteúdo e conduz com habilidade as oficinas permitindo ao professor cursista a transposição didática para a sala de aula de forma efetiva e proveitosa.
A elaboração dos projetos pelos professores cursistas foi conduzida em tempo certo, uma vez que já foram elaborados, implementados e estão em fase de conclusão. A maioria deles já foi apresentada à comunidade escolar.
Os cursistas, mesmo sendo bastante cobrados no que se refere à realização de seus estudos e trabalhos, mostram-se motivados e satisfeitos por participar do Programa. Recebemos depoimentos sobre esse aspecto.
Enfim, a Professora Edinília Nascimento Cruz está fazendo um ótimo trabalho no Gestar II.

Gislene Borges de Oliveira - Coordenadora Pedagógica



Coordenadora pedagógica -Gislene Borges
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Olhe o bolo do gestar aí! Vamos saboreá-lo!
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Escola Municipal Noeme Sales Nascimento
Alunos em plena atividade

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Projeto : ler por prazer

Escola Municipal Noeme Salles Nascimento
Professora Merielle e alunas participantes do projeto
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Culminância do projeto -A direita - Alunos prestigiando o projeto
A esquerda - Aluna, Secretária de Educação Araci e Professora Juliana
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Projeto: leitura compreensão e fluência
Escola Municipal Carmem Maria Nogueira
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Alunos da professora Suely da Escola Estadual de Fabião culminando o projeto
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Escola Municipal Carmem Maria Nogueira
Cursistas: Juliana Ferreira Medrado e Zoraide Pereira Mota

Resumo do projeto:

A partir das dificuldades de aprendizagem verificadas em vários alunos matriculados nas séries finais do Ensino Fundamental é que nasceu a necessidade de se elaborar e desenvolver um projeto que representasse as ansiedades da comunidade escolar envolvida e que constituísse um material de apoio para a busca de respostas e reversão - ainda que parcial - dos diversos questionamentos feitos pelos professores em virtude dos problemas observados no cotidiano das salas de aula.
As etapas e ações ora apresentadas foram determinadas por um levantamento de dados realizados previamente através dos resultados das avaliações elaboradas e aplicadas aos alunos no ano de 2008 pela Secretaria Municipal de Educação de Itacarambi e também através de pesquisa informal junto aos Supervisores da escola.
Todo o projeto está estruturado nas linhas e concepções do CBC ­- Conteúdo Básico Comum de - Língua Portuguesa.
Esse projeto ofereceu aos alunos a oportunidade de aplicar, ampliar e aprofundar atitudes básicas relacionadas a procedimentos de leitura e produção de texto, bem como o trabalho em equipe, a cooperação e o respeito. Os textos dinâmicos e oficinas propostas apresentaram assuntos variados e propícios à reflexão e à discussão. Por vários motivos, muitos alunos não têm contato com a leitura de qualidade.
A escola, então, torna-se o único veículo de interação desses alunos com textos, cabendo a ela oferecer leituras de qualidade, diversidade de textos, modelos de leituras eficazes e consequentemente formar leitores competentes.
"Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos que permitam fazê-lo." (Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa, p. 36)
A prática de leitura não se conquista num passe de mágica, requer opção, atitudes, treino. A leitura requer atenção, espírito crítico, análise, o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar. Assim, e preciso saber ler, ler muito e ler bem. E aí entra o Projeto Leitura, Fluência e Compreensão.
Ler é beneficio à saúde mental e ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.

Projeto: Além das Linhas e Valores Humanos
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Alunos da Escola Municipal Tasso Fragosso realizando atividades propostas a partir do Projeto
Além das Linhas: Gêneros textuais e valores humanos
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Projeto: Além das linhas: Gêneros textuais e valores humanos

Escola: Escola Municipal Tasso Fragoso

O projeto possibilitou o desenvolvimento da leitura e escrita a partir de gêneros textuais diversos que traziam, implícitos ou explícitos, valores essenciais aos seres humanos.

RELATOS DAS EXPERIÊNCIAS COM O PROJETO DO GESTAR II
ALÉM DAS LINHAS: GÊNEROS TEXTUAIS E VALORES HUMANOS
Muitos foram os esforços e dedicação dos alunos, principalmente da minha turma de referência, para a realização desta primeira etapa do projeto.

As atividades eram intercaladas entre pesquisa, leitura, reflexão, produção, trabalho de campo e atividades práticas, graças à dedicação dos alunos foi possível realizar esta etapa com sucesso.

Hoje posso relatar que estou satisfeita com o resultado, pois consegui com esse Projeto levantar a autoestima dos alunos, principalmente daqueles que nada desenvolviam em sala de aula, mas todos se entusiasmaram e foram em busca de resultados positivos.
Professora Cursista Beatriz
Projeto de Intervenção Pedagógica Língua Portuguesa

Escola Municipal Dona Amélia Pacheco

Título do Projeto: Dificuldades na Leitura e Produção de Texto

Concepção do Projeto

Este projeto teve como finalidade amenizar as dificuldades do aluno em relação à aprendizagem.

O projeto objetivou diminuir as dificuldades encontradas pelos alunos do 6° ao 9º anos do Ensino Fundamental em leitura, produção de texto e dificuldades na ortografia, que são um problema comum encontrado entre os alunos do Ensino Fundamental. Surge com isso a necessidade de trabalhar variedades de textos, incluindo os gêneros textuais relacionados ao convívio do aluno.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho se baseia no estímulo à leitura e ao desenvolvimento do potencial criativo e crítico do aluno, como ainda desenvolver as habilidades de ouvir, falar, ler, interpretar, escrever e criar soluções para determinado assunto. Para isso, utilizaremos variados tipos de textos e os gêneros textuais.
Esperamos, dessa forma, que os alunos interpretem textos verbais e visuais, opinem sobre o assunto a ser abordado, reconhecendo os erros ortográficos que surgirem e que se sintam satisfeitos em desenvolver os trabalhos.

Resumo do Projeto

Analisando o desempenho geral dos alunos nas disciplinas, verificou-se a existência de defasagem em relação ao conhecimento. Diante disso, tornou-se necessário desenvolver um trabalho dinâmico e pedagógico visando melhorar o desempenho dos alunos. Nessa perspectiva é que o trabalho com o Projeto veio representar uma nova estratégia como forma de organizar conhecimentos, priorizando a leitura e produção de textos.
Professora Léia e seus alunos da Escola Municipal Dona Amélia Pachego
realizando atividades dentro do projeto "dificuldades na leitura e na produção de texto."
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LER PARA COMPREENDER, BUSCAR PARA CONHECER

PROBLEMATIZAÇÃO
Através do diagnóstico efetuado por meio da avaliação de entrada elaborada pelo MEC/Gestar II, aplicada na turma referência, percebeu-se a necessidade do domínio das práticas discursivas orais e escritas, pois os alunos encontram dificuldades em ler e escrever, além de não conseguir estabelecer relações entre informações de diferentes fontes ou que necessitem de interferências.

PÚBLICO-ALVO
O projeto foi direcionado à turma do 6° ano, do turno vespertino, composta de 24 alunos da Escola Estadual da Vila Florentina.

JUSTIFICATIVA
O projeto Ler para Compreender, Buscar para Conhecer tem por objetivo diminuir a defasagem de aprendizagem dos alunos do 6° ano, em práticas de leitura e escrita. O público-alvo são os alunos com muitas deficiências de leitura e aprendizagem, pois apresentam comportamento bastante ativo, comprometendo o ambiente de aprendizagem pela falta de hábitos de higiene e educação, muitos têm uma noção deturpada de seus direitos e ignoram seus deveres. A escola encontra dificuldade para estabelecer limites e regras, pois acaba atraindo incompreensão dos pais com relação à escola.
Os alunos, em boa parte, são oriundos dos assentamentos que se localizam no entorno da Vila Florentina e seus pais são trabalhadores, produtores rurais ou diaristas em fazendas circunvizinhas. Os filhos não contam com a presença dos pais durante boa parte do dia, por isso andam sem compromisso e com toda a autonomia indevida para a idade deles. Por não terem o acompanhamento dos pais, não fazem deveres escolares em casa, não se preocupam em ler, não assumem nenhuma responsabilidade com o estudo das matérias vistas na escola.
A escola é apenas uma extensão da casa, onde procuram divertimento, não o conhecimento, buscam alimentos, não crescimento. Acabamos com muitos problemas em mãos e poucos recursos para propor solução. Os pais não têm noção do quanto a independência indevida de seus filhos é imprópria e acabam apoiando-os e não estabelecendo limites, que os ajudariam a crescer equilibrados emocionalmente.
Cássia Cardoso Lima dos Santos



Alunos em sala de aula desenvolvendo atividades do projeto
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Alunos em momentos de estudo
conhecendo a vida e a obra de Vinícius
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Culminância do projeto: Vinícius, Voz e Violão
da esquerda para direita
Professora Formadora, Cursista, Coordenadora Pedagógica, Secretária de Educação
Diretora da Escola, Supervisora Pedagógica
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Projeto: Vinícius, Voz e Violão
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Culminância do projeto: Valores, Voz e Violão
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PROJETO: VINÍCIUS, VOZ E VIOLÃO






PROJETO: VINÍCIUS, VOZ E VIOLÃO







Escola Municipal Adélia Antônia de Almeida Seixas




C O N V I T E
A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
Vinícius de Moraes


A Escola Adélia Antônia de Almeida Seixas tem o prazer de convidar você para compartilhar de um grande e inesquecível encontro e viver momentos de intensa música e poesia.
O evento será no Clube Recreativo, no dia 13 de novembro, às 19 horas e é parte integrante do programa GESTAR e do Projeto “Vinícius, Voz e Violão”, cujo objetivo é resgatar o texto poético que constitui uma excelente forma de preparação para aprendizagem da leitura e da escrita.

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PROJETO: VINÍCIUS, VOZ E VIOLÃO

"O projeto de escola não começa de uma só vez, não nasce pronto. É, muitas vezes, o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores, com algumas propostas bem simples, e que se amplia, ganhando corpo e consistência". (Raízes e Asas – P. 4)


O Projeto Vinícius, Voz e Violão realizado pelos professores de Literatura e Língua Portuguesa com os alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Adélia Antônia de Almeida Seixas, nasceu da necessidade de se trabalhar o texto poético, tanto na análise quanto no estudo da vida do autor.
Pretendeu-se que os alunos percebessem que a literatura os estimulassem a crescer individualmente e coletivamente, através da leitura do pensamento e do fazer poeticamente.
Acreditamos e defendemos, como afirma Emília Ferreira, "que se aprende em interação com os outros, a riqueza de todos numa turma de alunos não é só aceitável, mas desejável desde que os mesmos deem-se conta de entender mutuamente, isto é, de acompanhar suas hipóteses e raciocínios". O trabalho com a literatura nos dá o privilégio de trabalhar o texto poético nos permitindo sentir a emoções, o encantamento do "eu" através da leitura, do pensamento e o fazer poeticamente.
E nada melhor do que as obras de Vinícius de Morais para despertar esse interesse, ele que lutou pela nossa cultura e que com a inteligência que lhe foi destinada escreveu poemas, músicas e com imensa facilidade sabia expressar seus escritos.



AVALIAÇÃO

CONCLUSÃO E RESULTADOS RELEVANTES OBTIDOS

O projeto alcançou um resultado além das nossas expectativas no sentido de que provocou a sensibilização dos alunos, que demonstraram estar mais interessados e motivados para ler, declamar interpretar e produzir poesias.
Nesse trabalho, os alunos puderam expressar emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades através das diferentes linguagens: a corporal, musical, a poética, a plástica, etc.
No decorrer do projeto, os resultados foram se evidenciando no envolvimento e no entusiasmo demonstrados pelos alunos, no progresso verificado na percepção e na assimilação da linguagem poética.
Edinília Nascimento Cruz – Formadora e professora participante do Projeto







Festival da Canção
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