terça-feira, 15 de dezembro de 2009


Livros
Posted by Picasa


Jheann Pierre professor de Ciência colaborador do Gestar
e Locutor do evento com a formadora Edinília
Posted by Picasa


Formadora de Língua Portuguesa Edinília apresentando o livro
Posted by Picasa


Da esquerda para direita
Secretária de educação Araci, coordenadora pedagógica Gisa, formadora Edinília,
Supervisora Jacinta e diretora Maria francisca
Seminário de Encerramento do GESTAR e Lançamento do Livro
Posted by Picasa


Apresentação no lançamento do livro
Posted by Picasa

Agradecimentos Finais


Agradecimentos Finais

Quero dizer que só foi possível fazer um trabalho de qualidade porque recebemos o apoio necessário e fundamental para implementação desse programa. A Secretária Municipal de Educação, Araci Pereira dos Santos Neri, fez a grande diferença para que possamos dizer com toda convicção que esse trabalho teve um resultado muito positivo dentro do nosso município. Graças ao empenho dessa grande educadora, sua competência e profissionalismo e a crença depositada nesse trabalho tivemos forças para superar todas as nossas fraquezas.

Aos professores cursistas, que se dedicaram de corpo e alma, se empenhando ao máximo, correspondendo fielmente ao propósito do programa. Eu, que acompanhei de perto, vivenciei cada momento, posso dizer plenamente que vocês foram peças fundamentais para o sucesso desse programa. A vocês os meus sinceros elogios.

Aos alunos participantes que atenderam tão plenamente ao nosso chamado, participando ativamente das atividades, com motivação e empenho. O livro que lançamos foi a mais concreta prova de que esses alunos acreditaram em nosso trabalho e caminharam conosco para o engrandecimento da educação em nosso município. A eles dedico todo o meu carinho e o livro é a prova viva do potencial e do talento de cada um.

À Coordenadora Pedagógica Gislene Borges que esteve presente solucionando os problemas, amenizando dificuldades, que nos deu a certeza de que é possível seguir em frente, unir forças, somar talentos, os meus sinceros agradecimentos.

Quero também ressaltar aqui o apoio especial que recebemos da Diretora Maria Francisca, da Escola Estadual Professor Josefino Barbosa, que não mediu esforços para nos atender em todos os momentos em que foi solicitada. O trabalho de profissionais como Maria Francisca engrandece a educação em todos os seus aspectos, especialmente no lado humanístico de que tanto estamos carentes no meio educacional.

A minha formadora Guiana, que tão gentilmente veio somar conhecimentos, multiplicar ideias. Quero dizer que foi um presente muito especial e valioso que recebi neste ano. Veio juntamente com o GESTAR. Um presente de Deus que não imaginava receber, mas que transformou toda a minha vida.


Edinília Nascimento Cruz – Formadora do GESTAR em Itacarambi

“Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.”
(Rubem Alves)

A educação é do tamanho da vida.Não há começo, não há fim.Só travessia.” (Rubem Alves)

Relatório do Seminário de Encerramento do GESTAR de Língua Portuguesa e do lançamento do livro Tramas e enredos em prosa e verso

O gestar para nós aqui no município de Itacarambi foi assim como essa citação de Rubem Alves, uma travessia que nos levou a uma dimensão mais plena da vida. Estamos finalizando as nossas atividades, mas o nosso crescimento e aprendizado jamais terão fim.

O dia 11 de novembro de 2009 certamente ficará marcado na história de Itacarambi como um dia muito especial: o Seminário de Encerramento do GESTAR de Língua Portuguesa, e o lançamento do livro Tramas e enredos em prosa e verso.

O evento organizado por mim e pelos professores cursistas, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, ocorreu de forma muito especial com a participação efetiva dos alunos, pais e da comunidade. O GESTAR no nosso município teve um excelente resultado e atingiu plenamente o objetivo proposto de sensibilizar o professor e promover uma mudança de prática pedagógica. Foi um trabalho realizado em equipe com muito empenho e determinação. Nesse seminário, a comunidade de Itacarambi pode conhecer, entender e compreender que o GESTAR é um programa de formação continuada que realmente traz um diferencial, é um programa capaz de promover a mudança tão necessária e esperada, o que de fato ocorreu.

O lançamento do livro veio somar e comprovar que o trabalho realmente produziu bons frutos e o mais importante é saber que estes frutos se multiplicarão ao longo dos próximos anos. Nosso sonho é mais que sonhar, é dialogar, interagir, encontrar o você que não está em nós e o nós que você não vê. Por isso esse livro traz a soma de todo um esforço traduzido em palavras, sentimento e aprendizado efetivo de práticas de leitura e escrita.

Como professora, levarei comigo a certeza de que estamos potencializando a capacidade de nossos alunos de alçar voos ir além das linhas e dialogar, tecendo infindáveis e prazerosas prosas.

Tivemos a participação efetiva de todas as escolas integrantes do GESTAR em Itacarambi. Os alunos das comunidades rurais compareceram e tiveram momentos inesquecíveis. Cada escola integrante desse programa teve a oportunidade de fazer a sua apresentação coordenada pelos professores cursistas. Foram entregues 600 livros aos alunos das salas referências e autores do livro. Os alunos receberam o livro com muita satisfação e entusiasmo. Tudo estava em perfeita harmonia. Tivemos as mais variadas manifestações de linguagem: apresentação de música abordando a temática valores, compostas pelos alunos, teatro mudo, declamação de poesia, dança, enfim foi o momento para manifestação das múltiplas linguagens e das linguagens dos múltiplos.

Para encerrar, quero dizer que, como escrevi no texto tapete mágico e tantas vezes aqui neste blog, o GESTAR foi uma viagem na qual pude completar a vida em suas múltiplas facetas. O GESTAR se tornou uma parte de minha vida e por meio dele tenho certeza de que multipliquei a esperança, fortaleci crenças e plantei sonhos que serão regados com muito amor para no futuro podermos contemplar uma educação mais justa e igualitária em nosso país.
Este é um dos textos que compõem o livro Tramas e Enredos em Prosa e Verso para você apreciar.

Série: 9º ano Paz
Profa. Edinília Nascimento Cruz
Escola Estadual Professor Josefino Barbosa

GÊNERO TEXTUAL CARTA
Autora: Lidiane Oliveira Nunes

Itacarambi, 22 de Outubro de 2009.

Querido vovô Francisco,

Meu amado vovô, sei que não tivemos tempo para nos conhecer, mas mesmo daí do céu posso sentir sua presença. Escrevo-lhe esta carta para contar-lhe sobre o dia mais feliz da minha vida. Sei que será difícil acreditar, mas faz por mim este esforço.
Bom! Tudo começou quando estava de viagem com minha mãe para Petrolina, fomos de trem. Eu estava sentada perto da janela olhando as árvores e as montanhas correndo ligeiramente para trás. De repente, lembrei-me de você, e quando olhei para o céu vi algo colorido, bem colorido, caindo lá de cima. Olhei rapidamente para minha mãe, ia chamá-la, mas estava dormindo, então observei novamente no céu e lá estava aquele pedaço de pano caindo em direção ao trem.
Corri rapidamente para o fim do vagão, abri a estreita janela lateral do trem, e quando já estava caindo, na tentativa de o pegar, ele veio na minha direção e caiu dentro do trem. Agarrei-o. Era um tapete lindo, suas cores pareciam estar vivas, era uma verdadeira aquarela: verde, amarelo, roxo, preto, rosa, branco, azul. Fiquei observando por alguns instantes, estava muito assustada.
O que nunca imaginaria aconteceu: o tapete se levantou, e me disse:
- Oi!
Arregalei os olhos e sem saber o que dizer balancei a cabeça devolvendo-lhe o cumprimento. Perguntei quem ele era, se tinha nome, mas me disse que não se lembrava de nada.
Lá fora estava começando a escurecer e ficar frio, e para esconder e disfarçar o tapete mágico, envolvi-o em meu corpo como se fosse um agasalho, e fomos sentar. Sentados ali, o tempo passou e ficamos conversando sobre nós, nos conhecendo melhor.
Sem querer, deixei escapar a palavra Max, ele se levantou e balançando dizia querer ser chamado de Max. Já havia passado umas quatro horas de conversa, foi então que Max me fez o convite para sair voando com ele, e eu aceitei, é claro.
Saímos despistados para que a minha mãe não percebesse. Lá fora ele se estendeu em minha frente e pediu-me para subir, e saímos voando. No começo senti um friozinho na barriga, mas logo me acostumei. Sobrevoávamos a cidade, que por sinal estava linda, era véspera de Natal, as luzes enfeitavam as torres das igrejas. Max me perguntou onde eu queria ir. Disse que queria voar para o passado. Voltar no tempo. É lá fomos nós de volta ao passado. Não queria voltar bruscamente. Então, pedi-lhe que me levasse ao passado de um mês atrás.
Voltei à sala de aula. Chegando lá, entrei bem no momento da aula de português. A professora explicava e, quando entramos, percebi que não houve reação de ninguém, era como se não vissem a gente, como de fato não viam. Sentamos lá no fundo, nas últimas carteiras.
A aula estava interessante, a professora explicava sobre uma atividade, as diversidades textuais, gêneros textuais. A sala estava repleta de textos: poema, carta, conto, crônica, bula, etc. Os alunos praticavam leituras e produziam textos.
Senti-me tão inspirada quando a professora propôs aos alunos que produzissem um texto e, naquele dia, estava bem inspirada que produzi textos incríveis, escrevi, corrigi, reescrevi. E Max achava aquilo tudo uma loucura. E me disse:
- Os humanos são mesmo cheios de manias. Por que ficam escrevendo e reescrevendo o mesmo texto?
Foi nesse momento que senti vontade de escrever esta carta para você, vovô. Mas, que loucura! Fiquei em dúvida em qual gênero escrever, não sabia se escrevia um conto ou uma carta. Então pensei, vou fazer de um jeito diferente. E saiu desse jeito, uma história dentro de uma carta. Espere aí, qual vai ser o gênero deste texto? A professora já me disse sobre isso, acho que podemos por um gênero dialogando com outro.
Decidi voltar ao passado do passado. Que loucura, acho que já estou pirando mesmo! Desta vez voltei na época da minha infância. Avistei uma casinha em meio a um sítio. Na frente da casa uma mesa de madeira e duas cadeiras. Lá estavam você, vovô, e minha mãe. Vocês estavam lendo livrinhos e fazendo leitura dramatizada. O senhor lia sorrindo, mamãe cantando e juntos davam gargalhadas de felicidade.
Quando minha vó chegou com uma bandeja de bolo e chá, eu e o tapete sorrimos e voltamos a voar. Saímos conversando sobre família. O tapete foi voando vagarosamente, quase caindo. Então, percebi que ele estava triste. Perguntei o que havia acontecido, e ele me disse que não tinha família, não sabia nada de sua família.
Logo tive uma ideia de ir até a uma biblioteca e fazer uma pesquisa, procurar um livro para ver o que havia acontecido com a família daquele tapete. Procuramos em livros de história, num verbete de enciclopédia, árvore genealógica, nada.
Foi uma confusão total e resolvemos procurar um escritor que foi criado por outro escritor. David Copperfield, de Charles Dickens, poderia me dizer de onde o tapete saiu. Pedimos a ele para nos ajudar, assim que o encontramos, ele estava de folga descansando no museu de arte moderna. Ele então nos pediu uma carona e voamos para dentro das histórias dos livros de aventura. Pesquisamos e também não encontramos nada. Foi então que vi um livro fechado que ainda não tinha sido escrito. David falou que o tapete havia saindo de alguma maneira acidentalmente e encontrado o portal para o futuro e do futuro foi para o passado e acabou me encontrando e olha aqui ele entrando na minha história.
Olhando para nós, David explicava que, quando o escritor começasse a escrever o livro, aos poucos o tapete iria desaparecendo. Comecei a ficar triste, mas David me alegrou dizendo que aquilo já não iria mais acontecer porque o tapete já tinha entrado acidentalmente em minha história. O autor poderia escrever sua história sobre o tapete, e escrever um texto demora, não é tão simples assim, precisaria de concentração, coesão, coerência, correção. E além do mais, uma história pode ter várias versões, pois os textos conversam, dialogam entre si.
Despedimo-nos de David, saímos dos livros e fomos para a realidade. Realidade? Será se pode existir uma realidade dentro de outra realidade? Acho que sim. Sentamos em um lindo jardim e logo ali, do outro lado na Avenida Brasil, avistei crianças descalças, fumando e se drogando. A realidade é dura demais, e subitamente lembrei-me de minha mãe, da viagem de trem. Ela deve estar desesperada, deve estar imaginando que fui sequestrada, com tantos sequestradores por aí. Chamei o tapete que se refrescava no chafariz do centro de São Paulo e saímos em velocidade máxima em direção ao trem. Quando cheguei lá, minha mãe dormia como um anjo. Deitei-me ao lado dela, Max se debruçou do outro lado e agora éramos três anjos dormindo.
Sabe, vovô, a viagem está chegando ao fim, Não conte para ninguém este segredo, é só meu e seu. Cadê ele? Já se foi, o escritor o chamou, nem pôde se despedir. Será se um dia vou encontrar esse tapete em alguma história, em algum livro? Torça para que eu encontre esse tapete novamente, vovô. Quero encontrá-lo ainda este ano, quero ler uma história em que ele apareça. Beijos!
Com carinho, de sua neta
Lidiane.


A BICICLETA

Este poema está no livro tramas e Enredos e Prosa e Verso


A BICICLETA


Gilwarley Alves Oliveira
Série: 7º ano Vermelho
Escola Municipal Adélia Antônia de Almeida Seixas

Prestem atenção, amigos,
No que agora vou contar.
Aconteceu comigo,
Vocês não vão acreditar.

Recebi uma proposta
De ganhar um presente de aniversário,
Mas tinha que adivinhar
Que receberia no próximo salário.

Pensei em um play station
E até em um dominó,
Mas de tanto matutar,
Minha cabeça deu um nó.

De tanto agoniado ficar
E de ver meu sofrimento,
Mamãe tão solidária
Acabou com o meu tormento.

Mamãe falou que o presente
Era algo que eu queria,
- Seria uma bicicleta?
Eu falei de alegria.

Desde o ano passado
A bicicleta ela prometia.
Só que ao pagar as contas
Só sobravam as mixarias.

Olhem, meus amigos!
Vejam só que legal,
A bicicleta era pro aniversário,
Pulou pro Natal,

Natal este que passou
E nada aconteceu.

Veio outro e mais outro
E a bicicleta não me deu.

Até a espero vir
Em minha direção,
Mas devido ao baixo salário,
Nunca sobrou nem um tostão.

Mas agradeço a Deus,
Pois sei que ele é justo.
Se não ganhei até hoje,
É devido ao alto custo.

Outra coisa peço a Deus,
Pois sei que ele é um grande Homem.
Posso estar sem bicicleta
Mas nunca passei fome.

Meus queridos amigos,
Aqui eu me despeço.
Para aqueles que não gostaram
Vou mandar-lhes outras vezes.
Lançamento do livro Tramas e Enredos
Posted by Picasa
Painel da capa do livro
Posted by Picasa
Professores cursistas prestando homenagem à professora formadora Edinília
Posted by Picasa