domingo, 6 de dezembro de 2009

Relatório do Seminário de Avaliação

Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso não pode ser o bastante. Dê o melhor de você a si mesmo. Veja você que, no fim das contas, é tudo entre VOCÊ e DEUS. Nunca foi entre você e os outros.
(Madre Tereza de Calcutá)

Iniciarei com essa reflexão porque diante de tudo que passei, de todas as dificuldades, forças e fraquezas, só consegui chegar ao final com um resultado tão positivo e tão produtivo porque houve a permissão de Deus, porque Ele se tornou presente em todos os momentos de minha caminhada dentro do GESTAR.

Nosso seminário de Avaliação se realizou nos dias 23 e 24 de novembro, em Montes Claros. Esse seminário foi fundamental para consolidação dos nossos trabalhos dentro do GESTAR. Sem esse momento, esse programa não teria o mesmo mérito. Finalizar é tão importante quanto iniciar. É o momento de refletir, avaliar, rever, replanejar, enfim, socializar.

A cada momento pudemos observar que o GESTAR, um programa tão amplo, ia agregando características tão peculiares de cada região, de cada cidade, ia se revestindo da cultura local, adequando-se a cada realidade, algumas tão ásperas, outras amenas, adquirindo texturas tão diversas, se misturando e se unificando em prol de um único objetivo: o de buscar uma política educacional que atenda de perto às necessidades de cada professor, de cada aluno. Num país com tantas carências sociais, com escolas tão precárias, com recursos tão escassos, temos ainda muito trabalho pela frente, mas estamos dando os primeiro passos. Sabemos que não cabe mais acomodação no processo educacional. São necessários a permanência de estudos, o refinamento de focos e de prioridade. Que a mudança ocorra nas políticas públicas, no compromisso dos pais com a educação dos filhos, na prática de trabalho de cada professor, de cada profissional da educação.

Vi no brilho dos olhos de cada formador a esperança, o desafio enfrentado, a perseverança, a crença de que é possível fazer muito diante dos poucos recursos disponíveis. Vi que não estava sozinha, que as ações que realmente fazem o diferencial na aprendizagem do aluno são aquelas desenvolvidas por profissionais que detêm o entusiasmo e a competência - qualidades essenciais à difusão do conhecimento.

É papel do educador descobrir meios e caminhos capazes de tornar sua atividade mais atraente, mais dinâmica, mais apaixonante, mais sedutora. No dia-a-dia da sala de aula deve haver espaço para a criação, para a descoberta, para a renovação. E o GESTAR nos abre essa porta.

À medida em que cada formador ali representando seu município ia expondo o trabalho desenvolvido, era possível visualizar dois extremos da realidade educacional em nosso país: a real e a possível. Diante disso, fica evidente que a discussão crítica dos fins e valores da escola é talvez o expediente mais seguro para promover o processo de formação de competência política e social. A formação continuada proposta pelo GESTAR traz o diferencial, pois propõe uma metodologia que se desenvolve com os professores e não para os professores, num processo em que as práticas contextualizam e dão real sentido às perspectivas teóricas, aos conceitos e às ideias.

Enfim, concluímos nossos trabalhos e partimos com a convicção plena de estarmos no caminho certo, mas que ainda há uma longa distância a percorrer. Queremos continuar a caminhada, movidos pela perseverança e a crença de que estamos fazendo o impossível para que muitos sonhos dos nossos alunos se tornem possíveis.

Sabemos que somos responsáveis por uma das mais importantes atividades humanas, a de formar pessoas sensíveis e estamos mais conscientes da necessidade de aperfeiçoar o nosso trabalho. Reconhecemos que temos que atualizar nossos conhecimentos e contextualizar nossas práticas.
Aprendemos que não adianta ensinar conceitos se não vivenciarmos essas ideias. Agindo com coerência, transformando nossos discursos em práticas e ações cotidianas, podemos ajudar, e muito, a melhorar a educação em nosso país.

Entretanto, erguemos nossas vozes em favor de um esforço nacional em prol da educação. Não somos os únicos responsáveis pelos problemas assim como não somos exclusivos donos das vitórias obtidas nas salas de aula. Precisamos de vontade política, disposição da comunidade, empenho dos alunos, investimentos privados e públicos a nos acompanhar nessas necessárias transformações na educação. Por isso, nos posicionamos por mudanças e nos propomos a ajudar a implementá-las com todas as nossas forças.
Edinília Nascimento cruz - Formadora

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